Heródoto Barbeiro
Heródoto Barbeiro é jornalista, professor e atua no rádio e na TV há muitos anos. Com uma voz marcante se tornou referência no jornalismo de rádio. No comando do Jornal da Record News desde 23 de maio de 2011, Heródoto é uma figura difícil de não admirar, é difícil desvincular sua imagem do jornalismo. Entre colegas de trabalho, ele é sempre chamado de professor, não só por ser um exemplo para muitos, mas por sua simplicidade, simpatia e humildade frente sua competência. "Parece, mas não é", é a sua coluna no Portal Universo de Rose, toda quarta-feira.
Livro na Churrasqueira
Está cada vez mais difícil queimar livros. As churrasqueiras estão à disposição dos queimadores que fazem rituais gravados e dispostos nas redes sociais. Com áudio e direito a um ou outro palavrão. Contudo a plataforma de tinta e papel está em fase de desaparecimento. Pergunte em uma banca de jornais quantos exemplares são vendidos diariamente. Vai se surpreender com a magreza das vendas. É verdade que uma nova plataforma está em ascensão e assinaturas digitais crescem. Sem isso as empresas de jornalismo estão condenadas a desaparecer. Os livros seguem na mesma direção, com mais lentidão, é verdade.
Militar discursa na ONU
A plateia é global. É uma rara oportunidade para que chefes de estado, democráticos ou não, façam a sua aparição triunfal. É uma oportunidade que ocorre somente uma vez por ano. A mídia se divide entre os que atacam o discurso do presidente e os que elogiam. Há uma enxurrada de análises em todas as plataformas. Afinal, dizem alguns críticos, ele é um militar que apoiou o golpe de 1964. As grandes potencias reafirmam sua hegemonia e compromissos com a paz.
Deputado paspalho
O deputado não é bem visto na câmara. Alguns o consideram um demagogo e que faz todo o esforço para manter o mandato. Quase não se reelegeu. Já passou por vários cargos políticos mas não se consolidou em nenhum deles. Segundo os colegas da capital, está com as finanças pessoais sempre em vermelho e recorre a amigos para saldar as contas. As economias familiares são uma questão primordial em sua vida. E até cogita vender uma propriedade no interior do pais.
A capital da esperança
A mudança da capital não é uma ação impune. Os cofres públicos, confortavelmente cheios com os impostos, têm que bancar um projeto tão extraordinário. É um desafio imenso e que somente um povo com garra e determinação pode executar. Os homens e mulheres que se dispõem a mudar para a nova capital tem certeza que não ficarão a ver navios, uma vez que o erário existe exatamente para isso.
Jornalistas terroristas
Os jornalistas são acusados de espalharem o pânico no país. Uma verdadeira avalanche de críticas entupiu os meios de comunicação. Alguns jornalistas foram ameaçados fisicamente. A população dúvida o que publicam nos veículos.
De pires na mão
O ministro da economia está no mato sem cachorro. Nem o dito popular de quem não tem cão caça com gato, serve para ajudar. O Brasil está quebrado. O governo atual culpa o anterior, que culpa o anterior e assim vai até a proclamação da república. É a política de empurrar com a barriga o problema para o próximo, uma característica da política brasileira que nasce no governo federal, se espalha pelos estados e é pulverizada nos municípios.
Em cadeia
A empreiteira Odebrecht tem um contato íntimo com o governo. Cresce com rapidez graças às obras públicas espalhadas por todo o Brasil. Não falta dinheiro para bancar os empreendimentos e o país precisa de infra estrutura para crescer. Barragens, estradas, prédios públicos, enfim o leque de oportunidades é imenso.
Parem as máquinas
Foi ele condenado uma centena de vezes pela imprensa cuja irresponsabilidade e venalidade auxiliam a envenenar a sociedade a ponto de não mais curá-la. O clima político do país marcha para um radicalismo acentuado e os extremos políticos se acusam mutuamente pelos problemas nacionais, entre eles a profunda crise econômica vivida pelo país.
Pandemia no palácio
O presidente está doente. Nem mesmo ele escapa da pandemia que vira o país do avesso. Há um temor geral que a epidemia tome conta de todo o Brasil como se apossou da capital federal . O vírus veio do exterior e pegou de surpresa as autoridades de saúde. Suspeita-se que é origem chinesa .Há uma confusão geral nos hospitais e casas de saúde e os médicos colaboram com diagnósticos conflitantes que ao invés de acalmar a população, cria pânico.
Derrubem as estátuas
O momento é de revisão de velhos conceitos. Não se aceita mais a quantidade de estátuas espalhadas por todo lado. É preciso fazer uma revisão sobre quem são os homenageados e qual o papel que exerceram durante a sua vida. Boa parte deles é desconhecida do grande público que venera as estátuas por tradição.