Está cada vez mais difícil queimar livros. As churrasqueiras estão à disposição dos queimadores que fazem rituais gravados e dispostos nas redes sociais. Com áudio e direito a um ou outro palavrão. Contudo a plataforma de tinta e papel está em fase de desaparecimento. Pergunte em uma banca de jornais quantos exemplares são vendidos diariamente. Vai se surpreender com a magreza das vendas. É verdade que uma nova plataforma está em ascensão e assinaturas digitais crescem. Sem isso as empresas de jornalismo estão condenadas a desaparecer. Os livros seguem na mesma direção, com mais lentidão, é verdade.
A plateia é global. É uma rara oportunidade para que chefes de estado, democráticos ou não, façam a sua aparição triunfal. É uma oportunidade que ocorre somente uma vez por ano. A mídia se divide entre os que atacam o discurso do presidente e os que elogiam. Há uma enxurrada de análises em todas as plataformas. Afinal, dizem alguns críticos, ele é um militar que apoiou o golpe de 1964. As grandes potencias reafirmam sua hegemonia e compromissos com a paz.
O deputado não é bem visto na câmara. Alguns o consideram um demagogo e que faz todo o esforço para manter o mandato. Quase não se reelegeu. Já passou por vários cargos políticos mas não se consolidou em nenhum deles. Segundo os colegas da capital, está com as finanças pessoais sempre em vermelho e recorre a amigos para saldar as contas. As economias familiares são uma questão primordial em sua vida. E até cogita vender uma propriedade no interior do pais.
A mudança da capital não é uma ação impune. Os cofres públicos, confortavelmente cheios com os impostos, têm que bancar um projeto tão extraordinário. É um desafio imenso e que somente um povo com garra e determinação pode executar. Os homens e mulheres que se dispõem a mudar para a nova capital tem certeza que não ficarão a ver navios, uma vez que o erário existe exatamente para isso.
O ministro da economia está no mato sem cachorro. Nem o dito popular de quem não tem cão caça com gato, serve para ajudar. O Brasil está quebrado. O governo atual culpa o anterior, que culpa o anterior e assim vai até a proclamação da república. É a política de empurrar com a barriga o problema para o próximo, uma característica da política brasileira que nasce no governo federal, se espalha pelos estados e é pulverizada nos municípios.