Os jornais da capital do Brasil não dão sossego ao presidente da República. Segundo a base de apoio do governo no Congresso, eles incitam a discórdia política, o que põe em risco a estabilidade institucional do país. Exploram com imagens, caricaturas, editoriais e reportagens a composição do Supremo Tribunal Federal. Todos sabem que a instituição foi copiada da Constituição dos Estados Unidos da América, que,  por sua vez, consagra a divisão e a independência dos poderes da República. Também no Brasil a indicação para ministro do Supremo é do presidente da República, mas a aprovação para o cargo depende do Poder Legislativo aprovar ou não. 
O presidente reúne os jornalistas para uma entrevista coletiva. Anuncia que o governo patrocinará a produção de carros populares. A população reclama que os preços estão muito altos e com os juros, também nas alturas, não consegue comprar um veículo. As montadoras transplantadas para o Brasil dão todo apoio ao presidente. Os pátios das fábricas estão lotados e é preciso desovar o encalhe para retomar a produção. É, sem dúvida, uma medida populista uma vez que é transitória e todo mundo sabe que não vai durar. Do outro lado, o governo teme que as fábricas comecem a demitir em massa e isso vai detonar a imagem do governo e do presidente. 
O dragão da inflação não dá sossego para os brasileiros. Toda vez que alguém vai fazer compras no supermercado ou na feira livre, ele, mesmo sem ser convidado, dá as caras. Basta a pessoa comparar rapidamente o preço dos produtos essenciais da cesta básica para perceber que ele mudou. Para cima. A inflação não é democrática, ela é maior para as camadas mais pobres em  tempo de pouca oportunidade de emprego, e está cada vez mais difícil obter renda para sustentar uma família. Popularmente se diz que, graças ao dragão, cada vez sobram mais dias no final do salário. 
O debate sobre a reforma agrária está de volta. Depois de alguns anos esquecida nos escaninhos do Congresso, ela volta impulsionada por um movimento social. Os debates buscam as origens da concentração de terra no Brasil, onde 1% dos proprietários são donos de 50% das terras. Ou seja, a maior concentração fundiária do mundo. O setor é acusado de perpetuar os latifúndios, reduzir a produção às monoculturas abastecedoras do mercado mundial e precarizar o trabalho no campo. A bancada ruralista no Legislativo é muito forte e dificilmente uma proposta de reforma agrária irá em frente. O primeiro ponto de impasse é como seriam pagas as indenizações das terras divididas.
 A polarização política e ideológica é uma característica dos novos tempos. Liberais e conservadores  de um lado e socialistas e comunistas de outro. Economia liberal e capitalista ou economia socialista planificada. Luta de classe que antepõe de um lado banqueiros, industriais e latifundiários e de outro, operários e camponeses. Há, segundo os analistas, uma clara luta de classes e a função do Estado é intermediar o conflito dentro das regras constitucionais. Contudo há acusações de parte a parte de que o adversário está tramando derrubar o governo e implantar uma ditadura ou do proletariado ou dos rentistas.
 
Esquecer o passado e olhar para o futuro. Este é o mote que move a diplomacia brasileira na cerimônia de coroação planejada pelo governo britânico. Um ou outro crítico, geralmente professor de História, diz que isso é se submeter aos caprichos de uma nação imperialista que, por diversas vezes, ameaçou o Brasil com sua marinha de guerra. Houve até mesmo momento em que as relações diplomáticas entre os dois países foram rompidas, aparentemente pelo espancamento de soldados ingleses na capital do Império brasileiro. Um caso de polícia que virou um atrito internacional entre Reino Unido e Brasil. Por trás estava o bloqueio britânico no Atlântico Sul aos barcos que faziam tráfico de escravos