O projeto já está no Congresso Nacional. Segundo a Constituição, apenas ele, por meio de uma lei federal, pode conceder anistia ou perdão para uma pessoa que é punida sob suspeita de tramar contra a democracia. O processo, como muitos outros, tem o caráter político e os julgamentos nem sempre se baseiam em fatos. Mas na interpretação dos fatos, de uma narrativa para impedir alguém de disputar o poder, especialmente a presidência de uma República onde o Poder Executivo tem força considerável.
 
Ninguém imagina que possa ocorrer um embate entre o presidente do Brasil e o do Banco Central. O Banco Central pode influenciar os rumos econômicos e financeiros do país. Mas a indicação deve ser uma atribuição dele, assim como a nomeação de ministros do governo. Autoridade monetária é um conceito que não se encontra nem no vocabulário administrativo nem no político do país. O Brasil vive há tantos anos sem a existência de um Banco Central e pode continuar existindo sem ele, dizem os mais céticos.
 
Navios russos navegam em águas cubanas. Ninguém ignora que é um desafio ao domínio americano no Caribe, que se iniciou no século 19. O almirante Mahan, autor de um estudo sobre as regiões em que os Estados Unidos deveriam preponderar, deu grande importância para Cuba. Por isso, o saldo da guerra contra a Espanha é a base naval de Guantánamo, de importância estratégica para a preponderância geopolítica de uma nação que desponta como uma potência capaz de peitar o velho imperialismo.
 
O presidente promete que vai socorrer Porto Alegre inundada por uma imensa enchente. Ventos e chuva são os vilões da catástrofe. Os primeiros sintomas são o forte vento que sopra velozmente e impede que as águas do rio Guaíba escorram. As ruas começam a ser inundadas e a enxurrada toma conta de boa parte de cidade de Porto Alegre e atinge o sistema de abastecimento de água, que entra em colapso. Os coletores de esgotos são inundados e a sujeira boia no meio de ruas e avenidas da cidade. As chuvas não dão trégua e caem durante um longo período de 24 dias. É uma tragédia anunciada.
 
Marketeiros estão de cabelo em pé. São cobrados diariamente e responsabilizados pela queda e/ou aprovação do governo. E são pagos para melhorar a imagem especialmente do presidente, haja vista que no imaginário do povo brasileiro o governo federal é centrado no presidente da República. Lutar contra a inflação, o dragão da maldade, não é para qualquer profissional de comunicação. O que dizer para a população que chega ao supermercado e os preços de hoje não são mais os de ontem? O agravante é que o presidente se isenta de culpa, usa a velha tática de transferir o problema para o governante anterior e fala que recebeu uma “herança maldita”.
 
Economia se torna o principal tema do debate político do Brasil. Oposição e governo têm pontos de vista contrários. Um propõe mais uma reforma, o outro lado diz que o Estado deve taxar os mais ricos para promover uma distribuição de renda e mitigar os efeitos da fome, falta de moradias e assistência médica. O mínimo necessário para a dignidade humana. No passado, um ministro defendeu a ideia de que primeiro era preciso aumentar o bolo da economia para depois dividi-lo. Nem houve crescimento, nem distribuição da iguaria. Há quem opte pela liberação da economia, com menos leis e intervenção do Estado. O fato é que a inflação corre solta, enquanto se discute a melhor saída que não seja o aeroporto.
 
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